1977 foi um ano marcante: Closed Encounters está nos Theaters com a edição de 40 anos do filme. Vejam só, assisti a este filme 40 anos atrás no Cine Astor, Avenida Paulista SP. A fila dava voltas no quarteirão.

O ano de 1977 foi incrível mesmo. Podendo fazer uma viagem no tempo era para este ano que voltaria.

Uma das coisas triste foi o falecimento de Elvis Presley. Pois neste tempo ainda não “mexia” com computadores, somente sonhava com eles. Eu me preocupava com “aparelhos de som”, ouvir música, colecionar discos de vinil dele, dos Beatles e outros da velha boa música. e o negócio era gravar fitas cassetes para não "gastar os discos de vinil". Coisa de colecionador, você sabe! Aos sábados era sagrado ir aos sebos para encontrar aquele vinil raro. Eu era praticamente um rato de sebo caçando jóias raras escondidas nas prateleiras.

Era aficionado por aparelhos de som. Paixão que começou com uma rádio vitrola a válvula. Em 1977 não tinha condiç?es de ter aparelhos de som e me contentava com o rádio gravador emprestado de um grande amigo até hoje (José Neto).

Mas assistindo ao Closed Encounters of the Third Kind neste domingo (sept 3rd) muitas coisas me vieram a lembrança. Eu tinha 14 anos de idade e ainda fazia a antiga 7a. série a noite e trabalhava como office boy no Laboratório Bio Clínico. Eu me lembro que havia uma sessão para datilografar os exames para serem despachados aos médicos e pacientes. Trabalhavam muita gente lá. Talvez umas 30 pessoas. Não me lembro de lá haver algum computador. Computadores naquele tempo ocupavam salas e andares e não eram nem um pouco acessíveis e no Brasil como um país fechado para a tecnologia a coisa andava a passos lentos. A sala era ocupada com máquinas de escrever Olivetti Linea 88. Tecnologia de ponta,então!!!

No filme Closed Encounters of the Third Kind, acontece algo muito interessante na parte final do filme. Uma sequência de tons estabelece uma conversa com os ETs. O tecladista toca um teclado que está conectado a um computador numa sala atrás. Enquanto segue tocando tudo é registrado pelo computador e depois de um momento o computador aprende a linguagem dos tons e a conversa prossegue mais rápida sem o tecladista. Computador e a Mothership Alien conversam utilizando uma sequência de tons e côres. Você pode acompanhar esta cena clicando aqui

Entre 1977 e 2017 a tecnologia dos computadores avançaram muito e há uma grande chance de você estar lendo este post em seu cellular, que tem mais potência e funções que qualquer computador de 1977 (mais funções que as Olivetti).

Aprender é algo que está sendo trabalhado com muito empenho na indústria da computação. Isto já acontece um pouco com os registros de hábitos de todos por meio do cellular e visitas na internet. O sistema aprende o que você faz e, selecionando, só lhe mostra o que ele sabe que você gosta. Hoje é quase impossível ficar longe de um computador. Precisamos dele para ler, para ver, para ouvir, para se comunicar, para se divertir, para administrar .... para tudo!

Compramos pelo computador, agendamos pelo computador, vemos tv pelo computador, trabalhamos utilizando computador. E até já falamos com ele. A Amazon trouxe-nos o Alexia que pode conversar conosco e tomar algumas decisões programadas. Veja o Alexia clicando aqui.

Well, computadores que em 1977 ocupavam salas e andares inteiros, agora cabem em seu bolso e são acessíveis a grande parte da população. Precisamos deles para nosso dia-a-dia e não adianta fugir disto, tenha um Closed Encounter of the third kind com os computadores.

Nostalgicamente gostaria de viajar no tempo e visitar o ano de 1977, mas creio que seria bem difícil se adaptar.

Para os saudosos fica aqui abaixo algumas imagens do filme:

Atrás das cenas