A Internet se tornou uma parte central da experiência com computadores. Antes da popularização da Web, no final dos anos 1990, a computação doméstica era uma experiência única.

Usuários de computador criavam documentos no PC e salvavam os arquivos em um disquete - e talvez trabalhassem em uma rede local no escritório.

Hoje em dia, a computação é uma experiência centrada na Web, e você pode realizar muitas de suas tarefas na Internet por meio de um software chamado navegador, ou browser. Esse navegador, que também pode ser um programa como o Firefox ou o Internet Explorer, o ajuda a acessar informação da Internet inúmeras vezes ao dia, integram-na com outros documentos online e compartilham dados à beça com pessoas de todo o planeta. O Google está tentando reformular a experiência do computador ao usar sua compreensão da Web para criar o novo sistema operacional Chrome.

Sistemas operacionais tradicionais, como o Windows, requerem muito espaço no disco rígido e demandam algum trabalho da sua parte. Você tem de instalar programas que queira individualmente, gerenciar o sistema operacional e as atualizações de segurança e gerenciar os drivers de dispositivo também.

O sistema operacional Chrome, do Google, quer renovar esse paradigma. Com o Chrome, o navegador na verdade é o sistema operacional - nesse caso, o Chrome OS se baseia no navegador de mesmo nome do Google. No total, o sistema Chrome está construído sobre a versão de código aberto doLinux e integrado com o navegador Chrome, um player de mídia simples... e é isso.

O Google abraçou o conceito de um sistema operacional ultra simples e centrado na Web em grande parte devido ao enorme sucesso recente dos netbooks. Os netbooks são pequenos laptops desenhados para permitir acesso à Web, e não muito mais que isso; eles são baratos e têm recursos de hardware limitados, e não foram feitos para rodar aplicações pesadas como o Photoshop.

Ao contrário do Windows, o Chrome não estará disponível como um download. Ele será pré instalado por fabricantes de  netbooks que aderirem às especificações de hardware do Google. O Chrome foi desenhado para rodar melhor em sistemas de armazenamento em estado sólido em oposição aos tradicionais discos rígidos, em parte porque os drives de estado sólido são menos propensos a falhas, mas também porque eles são menos espaçosos - lembre-se de que o Google quer que você armazene seus dados online. E porque o sistema operacional usa aplicações baseadas na Web, você não precisa de armazenamento local para software também.

Não é acidente que o Google enfatize os aspectos online do Chrome. Todo o projeto Chrome gira em torno do modelo de computação em nuvem. Esse termo extravagante significa simplesmente que todos os seus dados e aplicações estão armazenados online, na "nuvem", para que você possa acessá-los de qualquer computador em qualquer lugar do mundo.

A empresa diz que esse modelo vai ajudá-la a desenvolver uma melhor experiência geral do sistema operacional e focar na construção de um sistema operacional com velocidade melhorada, segurança e simplicidade. Ao eliminar todas as funções não relacionadas à Web de um sistema operacional tradicional, o Google indica que esses objetivos serão mais fáceis de atingir. E a companhia não está fazendo o trabalho de design sozinha. Como esse é um projeto de código aberto (sob o nome Chromium SO), o Google consegue retorno de espertos desenvolvedores de software de todo o mundo.